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Preço mediano de casas vendidas sobe 17% no primeiro trimestre

Em causa está o valor das vendas apurado com base em dados fiscais relativos ao IMT. INE destaca que a subida homóloga foi menos expressiva em Lisboa do que no resto do país.
15 jul 2022 min de leitura

O preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal foi de 1.545 euros por metro quadrado nos primeiros três meses do ano, em termos homólogos, o que corresponde a uma subida de 17,2%, acelerando face ao trimestre anterior (14,1%).

Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que explica que em 22 das 25 subregiões consideradas pelo INE (a nível das NUTS III) o preço subiu.

Os dados apurados com recurso à informação fiscal sobre o IMT confirmam que os compradores que não residem em Portugal apostam em preços mais elevados.

Assim, as duas sub-regiões com preços medianos da habituação mais altos – Algarve e Lisboa – foram também as que apresentaram valores mais elevados tanto quando o comprador é nacional como quando tem o domicílio fiscal no estrangeiro (chegando no caso de Lisboa aos 3.553 euros por metro quadrado).

"Os valores publicados referem-se à mediana (valor que separa em duas partes iguais o conjunto ordenado de preços por metro quadrado) dos preços de alojamentos familiares (€/m) transacionados", explica o INE. Os dados podem ser consultados em maior detalhe aqui.

O INE atualizou ainda a plataforma interativa ‘Preços da Habitação nas cidades’ (compatível com dispositivos móveis) que permite consultar os preços medianos de venda de alojamentos familiares "ao nível da secção estatística e quadrícula 500m x 500m", nas cidades com mais de 100 mil habitantes: Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Amadora, Braga, Funchal e Coimbra.

Preços das rendas nas regiões de Lisboa e Porto estarão sobrevalorizados

O INE também compara o valores das vendas com os das rendas, e da análise conclui que os preços das rendas nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto estão sobreavaliados.



Existe uma "aparente sobrevalorização dos valores de arrendamento, face aos valores dos preços da habitação, na maioria dos municípios da área metropolitana de Lisboa - salientando-se a exceção do município de Lisboa –, na maioria dos municípios da área metropolitana do Porto e, de uma forma geral nos municípios com mais de 100 mil habitantes".

Fonte: Jornal Negócios

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