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Crédito à habitação sobe 4,7% em ano de pandemia para 901,6 milhões por mês

Foram celebrados 7.553 contratos no ano passado, menos 1,9% que em 2019, revelou o Banco de Portugal.
23 jul 2021 min de leitura

Os bancos continuaram a mostrar disponibilidade para financiar a compra de casa em tempos de pandemia da Covid-19. Em 2020, foram concedidos, em média, 901,6 milhões de euros por mês em crédito à habitação, mais 4,7% que em 2019, revelou esta quinta-feira (22 de julho de 2021) o Banco de Portugal (BdP), adiantando que foram celebrados 7.553 contratos no ano passado, menos 1,9% que em 2019. 

“No final do ano [de 2020], existiam 1,45 milhões de contratos de crédito à habitação na carteira das instituições, um valor idêntico ao do ano anterior, correspondente a um saldo em dívida de 90,2 mil milhões de euros, mais 3,2% que o registado em 2019”, conclui o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2020

Segundo o documento, publicado no site do BdP, “o montante concedido de crédito à habitação cresceu (em 2020), embora de forma menos acentuada que nos anos anteriores”. “Esta evolução deveu-se a uma queda do mercado no segundo trimestre do ano, que terá estado relacionada com as medidas de mitigação da pandemia. No segundo semestre, o mercado recuperou, com destaque para o crescimento de 8,8% nos últimos três meses do ano, em relação ao período homólogo”, refere o regulador.

Taxa variável ainda predomina nos novos contratos

A entidade liderada por Mário Centeno, ex-ministro das Finanças, revela ainda que o prazo médio dos novos contratos aumentou para 33,1 anos, um valor superior ao verificado no ano anterior (32,8 anos). “Os novos contratos foram sobretudo celebrados com taxa de juro variável (82,3%), embora este tipo de taxa tenha perdido importância (86,4% em 2019). O spread médio dos novos contratos indexados à Euribor a 3, 6 e 12 meses fixou-se em 1,19 pontos percentuais, menos 0,13 pontos percentuais do que em 2019”, lê-se na nota.

No que diz respeito ao número de reembolsos antecipados e ao montante reembolsado, diminuíram 5,8% e 13,4%, respetivamente. “O número de renegociações e o montante renegociado também caíram, respetivamente 15,7% e 13,6%, refletindo a aplicação das  moratórias de crédito, que não configuram uma renegociação do contrato. À semelhança dos anos anteriores, na generalidade dos contratos renegociados, os mutuários não se encontravam em incumprimento”, conclui o BdP.

Fonte: idealista

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