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Reabertura da mediação imobiliária é uma “excelente notícia” para a economia, diz a ASMIP

As mediadoras imobiliárias podem abrir ao público já a partir de 15 de março de 2021, no âmbito do plano de desconfinamento aprovado pelo Governo.
12 mar 2021 min de leitura

A notícia da reabertura da atividade de mediação imobiliária na próxima segunda-feira, dia 15 de março de 2021, no âmbito do plano de desconfinamento do Governo, foi recebida pela Associação dos Mediadores do Imobiliário de Portugal (ASMIP) com “enorme satisfação”. Uma “novidade desejada” e uma “excelente notícia” para a própria economia que “beneficia com esta abertura, pois depende em muito da vitalidade do setor imobiliário”, diz a associação. 

“Apesar dos intermináveis dois meses de paragem os mais de 40.000 pessoas que diariamente trabalham na atividade de mediação, ‘podem ver uma luz ao fundo do túnel’, ténue que seja, por enquanto, mas crescentemente mais forte, e rejuvenescedora do tempo perdido nos últimos 60 dias”, começa por dizer Francisco Bacelar, presidente da ASMIP. “Pode-se construir, remodelar e reinventar, mas sem negócios o mercado não se aguenta, e é a mediação imobiliária que cumpre esse importante papel na cadeia económica. Sem o seu ‘forcing’ haveria muitos menos negócios, e a economia seria lesada, pelo que o regresso só pode ser de festejar, a bem da nossa atividade, e da economia”, sublinha ainda.

Francisco Bacelar  / ASMIP
Francisco Bacelar / ASMIP

O responsável relembra que, apesar dos tempos “não serem fáceis”, os preços têm-se mantido estáveis, ainda que procura, “sobretudo a que vem de fora e mantinha o mercado aquecido, possa demorar a voltar”. Por outro lado, diz, "os portugueses, estão financeiramente mais débeis que nunca, o que pode impedir a procura, mas continua a haver necessidade do bem essencial que é a habitação, sobretudo a preços que possam ser suportados pela dita classe média”.

Considera que este será o próximo desafio, “que para ser ultrapassado com satisfação precisa de mais construção, mas a preços suportáveis”. “Os projetos já começam a surgir, mas tememos que alguns não resistam à prova do Covid- 19, e fiquem no papel ou a meio do percurso”, diz Francisco Bacelar. Ainda assim, o presidente da ASMIP deixa uma palavra otimista para o futuro: “resta-nos esperar que este tenha sido o último confinamento provocado por esta pandemia, e que doravante quer a nossa classe, quer o mundo possam recuperar o possível, lamentando, sem nunca esquecer as vidas perdidas, mas seguindo em frente”.

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